Reino Unido com crianças

Bruxelas – Férias de julho no Reino Unido – Parte 1

 

Nossa aventura começou com emoção: o vôo Udi SP foi cancelado… fomos em outro vôo 3hs depois, paramos em Congonhas (o vôo cancelado era direto para Guarulhos), e deu tudo certo! Fomos de avião até Paris e depois de trem (TGV com troca de trem em Lille, sem eu entender porque) até a Bélgica. 

Tia Lélia, Lídia e a Lola foram nos encontrar na estação de trem e a volta para casa foi meio confusa pois havia uma estação interditada. Acabamos voltando de uber, em 5 pessoas, uma cachorra e 3 malas! Almoçamos e … descansar após uma noite no avião, em que ninguém dormiu quase nada? Claro que não! Fomos aproveitar o sol da Bélgica, que nessa época do ano se põe super tarde! Fomos a um parque (Le Domaine Provincial de Huizingen) para os meninos brincarem um pouco.

 

 

Na hora de dormir desmaiamos e foram quase 12hs seguidas de sono, o que fez com que todos entrassem no fuso horário logo no 1o dia!

No dia seguinte, após a longa e revigorante noite, fomos ao Parque de Diversões Walibi (até temos carteirinha!!) E de lá fomos direto para o Aqualibi um parque aquático do mesmo complexo, e ficamos até fechar!!

 

 

Na 3af Tia Lélia foi trabalhar e curtimos a manhã em casa. Teve partida de futebol entre o time do Daniel e Henrique X Lídia e Lucas, enquanto eu e a Luísa montamos um ateliê de costura, e fizemos uma roupa para cada uma das Barbies preferidas dela: Isabela, Bela e Lídia, com direito a desfile no final!

Estamos em época de Copa do Mundo, Rússia 2018.

Na 6af antes assistimos o Brasil ser eliminado pela Bélgica, e no sábado embarcamos para a Bélgica! Infelizmente sem colocar o kit torcedor na mala…

A tarde viramos oficialmente a “casaca” e saímos todos de preto, vermelho e amarelo, as cores da Bélgica. Não é sempre que a Bélgica chega à semi final de uma Copa do Mundo… Fomos assistir o jogo em uma praça, ao lado dos belgas, para ser mais emocionante… não deu muito certo, a Bélgica não conseguiu fazer nenhum golzinho para comemorarmos! Acho que estamos dando azar!

 

 

LONDRES – HARRY POTTER Family Tour – Ao estilo “mochileiro”

Férias de julho no Reino Unido –  Parte 2

 

Lídia minha sobrinha conheceu Harry Potter com apenas 7 anos! Leu quase todos os livros e viu quase todos os filmes…

Aos 12 anos Daniel descobriu o Harry Potter e leu todos os livros da série… e depois os releu em inglês, e também leu todos os livros relacionados que encontrou! E viu os filmes em português e depois em inglês… e como sempre envolveu a família na sua paixão do momento, que dessa vez já dura 1 ano!

Montamos assim um Harry Potter family tour: 3 dias em Londres e 1 em Edimburgo! Presente de aniversário do Vovô Lélio para os 3 netos mais velhos.

 

 

Fomos de train até a Brussels Midi, depois de trem até London St Pancras, outro trem até Watford Junction e finalmente um ônibus até o Studio da Warner.

 

trem até Watford Junction

 

ônibus até o Studio da Warner

 

Ver a emoção do Daniel entrando no estúdio foi muito legal! Ele não parava de falar, em cada detalhe da decoração queria me explicar de qual livro era, qual cena havia acontecido naquele lugar…

E a melhor frase foi:

“Mãe, é muita coisa para minha cabeça absorver!”

 

 

Foram 5 horas no estúdio sendo 3 horas no tour, lanche e lojinha! 

Daniel economizou o dinheiro da mesada de vários meses e o dinheiro que ganhou dos tios e avós no aniversário e se esbaldou… só não comprou mais porque estamos em uma viagem com mochila!

A volta nos rendemos ao UBER e fomos direto para o hotel (Best Western Mornington Hyde Park, um quarto super charmoso de 2 andares, com uma cama de casal em cima e um sofá cama na “sala”). Fizemos o check in rapidinho, deixamos a mochila no quarto e saímos para jantar e tentar ver o final do jogo da Inglaterra nas quartas de final da Copa do Mundo. E adivinha o resultado? Deu Croácia, Inglaterra perdeu na prorrogação…

isso que dizer que…

assistimos o Jogo do Brasil no Brasil – perdeu!

assistimos o Jogo da Bélgica na Bélgica – perdeu!

assistimos o Jogo da Inglaterra na Inglaterra e… perdeu!

Os amigos mandaram msg pedindo para eu aproveitar e assistir o jogo da final na França, já que estávamos ali pertinho (mundo inteiro torcendo pela Croácia!). Mas não fomos, e a França ganhou!! 

 

Após o jogo desmaiamos! Estávamos super cansados! Rolou até uma “indisposição gástrica” no hotel, acho que pelo cansaço.

No 2o dia em Londres fomos explorar a cidade. 

O hotel era muito perto da estação de metrô Lancaster Gate. Compramos o passe “all day” e começamos pela atração mais moderna e famosa: o London Eye, inaugurado no ano 2000 em comemoração a virada do milênio. Na fila rolou confusão por causa de banheiro, como em 2011… viajar com criança exige uma certa logística!

 

 

Assistimos a um filme 4D da London Eye e depois acabei cedendo a pedidos e fomos a atração do “Shrek’s Adventure”, um tour interativo com bons atores e cenários bem feitos e planejados.

 

 

Depois caminhamos pelas região do Parlamento e Abadia de Westminster.

Big Ben é o nome do sino do majestoso relógio que ocupa o cume da Elizabeth Tower, parte do Palácio de Westminster, sede do Parlamento Britânico. Ele já completou 158 anos, tempo em que reinaram 5 monarcas e que o país foi conduzido por 23 primeiros ministros! E agora está precisando de um reparo…

A cidade estava um pouco mais agitada por causa da visita do Trump. 

Aliás ele está nos seguindo pois estava na Bélgica há 2 dias!

 

 

Depois fomos de metrô para o Museu de História Natural para 3 horas de descobertas e aprendizado! Só saímos quando o museu fechou, as 18:00.

 

 

Ainda tivemos energia para ir ao Palácio de Buckingham e terminar o dia no parque em frente, observando vários grupos de amigos jogando, bebendo, conversando, namorando… um costume bem típico europeu, aproveitando o clima super agradável de uma 5af a noite de verão!

Jantamos comida japonesa no caminho de volta para o hotel.

 

 

O 3o dia do Harry Potter Family Tour fizemos check out no hotel, deixamos as mochilas e caminhamos um pouco pelo Hyde Park. Estava um belíssimo dia de sol, embora a previsão fosse de dia nublado.

 

 

Fomos de metrô até o “meet point” e fizemos um Tour guiado a pé de Harry Potter.

Éramos um grupo de cerca de 50 pessoas das mais diferentes nacionalidades: EUA, Irlanda, Austrália, Áustria, Indonésia, México, Colômbia seguindo 2 jovens britânicos pelas ruas e becos de Londres, numa caminhada frenética debaixo de um sol escaldante, passando por pontes, praças, becos, mercados, livrarias, lojas de antiguidades, tentando entender algo do que diziam sobre a saga Harry Potter, e ainda respondendo um a “quizz”. Confesso que para mim (e para o Lucas!) foi uma árdua tarefa. Mas a Lídia e o Daniel curtiram cada passo.

 

 

No tour passamos na travessa que inspirou o Beco Diagonal e a que inspirou a Travessa do Tranco, na embaixada da África do Sul que inspirou o Banco de Gringotes e na escola de Daniel Ridcliffe (ator que interpreta Harry Potter). Vimos também a ponte que aparece no sexto filme, a sede da Scotland Yard (a polícia local), o Mercado Municipal, a Trafalgar Square e o Shakespeare’s Globo Theatre. Foram 2 horas e meia ininterruptas terminando na plataforma 9 3/4, onde havia uma imensa fila para tirar fotos e uma grande loja de artigos Harry Potter. E é claro que Daniel comprou mais pops e bugingangas…

 

 

Almoçamos ali mesmo, na King Cross Station. E de lá fomos ao Museu do Sherlock Holmes. É tão interessante e pensado nos mínimos detalhes que se tem a era impressão de que ele realmente morou ali e não foi apenas um personagem da literatura criado por Arthur Conan Doyle

 

 

Depois gastamos um tempo na maior livraria que fui na vida, a Foyles Bookshop, com 6 imensos andares. Daniel queria comprar tudo, mas se contentou com 3 livros (de Harry Potter), 1 pop (de Harry Potter) e um quebra cabeça (de Harry Potter!). Lídia e Lucas compraram caderninho de desenho e canetas. 

Nesse 3o dia em Londres andamos 13 km a pé e subimos degraus suficientes para 35 lances de escada (medido pelo celular)!! E entramos 10 vezes no metrô (o passe de dia inteiro foi bem aproveitado!)

 

 

Jantamos pizza, voltamos ao hotel para pegar as mochilas e fomos para a estação Victoria Coach Bus Station, pegar um ônibus para Edimburgo. Resolvemos ir de ônibus e não de trem para Edimburgo pois viajaríamos a noite e poderíamos aproveitar Edimburgo no dia seguinte, além de ser bem mais barato e economizar hotel em Londres (que é mega caro!). Viajamos pela empresa Nacional Expresso o que me fez lembrar bastante dos tempos que morava em São Paulo e saia do Terminal Tietê de ônibus (Nacional Expresso) para passar o final de semana em Uberlândia… bons tempos aqueles! A mamãe era super conhecida dos vendedores do guichê da rodoviária (naquela época não se comprava pela internet) e até foi contratada uma vez para enfeitar o guichê da Nacional Expresso para o Natal, e se divertiu muito com isso!!

E assim, lá fomos nós para a parte 3 da aventura!

Gastos: (pounds) para os 4

Trem Bruxelas – Londres 200

Trem até o Studio 25

Tour Studio 180

Uber Studio – Hotel

London Eye 85

Shrek Adventure

Tour guiado a pé 80

Museu Sherlock Holmes

Metrô 2 dias passe ‘all day’ 120

Ônibus Londres – Edimburgo 50

Hotel 500

 

ESCÓCIA DE MOTORHOME! 

Férias de julho no Reino Unido –  Parte 3 

Chegamos em Edimburgo (eu, Daniel, Lídia e Lucas) cedinho, deixamos as mochilas no locker da estação rodoviário, tomamos café da manhã no Mc Donald’s e fomos direto para a principal atração turística da cidade: o Castelo de Edimburgo!

Caminhamos por entre muralhas, escadas, canhões, museus de armas, calabouços que serviam de prisão nos anos 1700, e as 13:00 assistimos ao disparo de um canhão. Vimos também as jóias reais da Coroa Escocesa (coroa, cetro e a espada) e a histórica Pedra do Destino, onde eram coroados os Reis da Escócia (depois essa pedra foi roubada pela Inglaterra e só recentemente devolvida a Escócia). 

 

 

Descemos as ruas da cidade velha de Edimburgo entrando em outras lojinhas com o tema de Harry Potter (com destaque para a “Museum Convention Harry Potter”, a mais interessante de todas). E a cada loja o Daniel saia com um “pop” diferente…

 

 

A tarde fomos ao Museu Nacional da Escócia, que tem entrada livre e muita atração interativa para as crianças, semelhante ao Museu Catavento de SP. Para variar, ficamos até fechar! Eu achei que os meninos já estavam sem energia, após um dia super intenso em Londres, uma noite mal dormida no ônibus e um dia em Edimburgo, mas me surpreendi com eles rodando a manivela e pedalando loucamente para produzir energia nas experiências no museu! O destaque é a famosa ovelha Dolly, aquela que foi clonada a partir de células de sua mãe, que está empalhada lá.

 

 

Ao lado do museu está a estátua do Bobby e conhecemos a sua história.

Greyfriars Bobby foi um cachorro da raça Skye Terrier, que ficou conhecido em Edimburgo no século XIX por ter passado 14 anos guardando o túmulo de seu dono, até sua própria morte em 1872. Muitos filmes e livros foram baseados na vida de Bobby.

 

 

Caminhamos  pelo cemitério de Greyfriars, que serviu de inspiração para parte da história de Harry Potter. O nome real do vilão Voldemort, Tom Riddle, foi inspirado em Thomas Riddel, um general que morreu em 1806 e que se encontra sepultado no cemitério. 

E assim chegamos ao final da minha aventura de 4 dias com 3 meninos!

Agora era hora de reunir o grupo. E o ponto de encontro acabou sendo uma atração bem ao estilo HP: Elephant House, um café onde a escritora JK Roling escreveu boa parte do primeiro livro da série.

 

 

Ao final do dia o encontro dos 3 grupos:

    • Lídia e os 3 mais velhos vindos de Londres após 3 dias de “Harry Potter Family Tour” sendo a noite no ônibus
    • Lélia, Marcelo e os 2 mais novos vindos de motorhome da Bélgica tendo passado a noite na balsa
    • Rodrigo que veio de avião do Brasil (passando por SP e Amsterdã), passou na locadora, pegou o motorhome (sem gasolina!!), abasteceu, estacionou ao lado do motorhome da Lélia no camping e foi de uber para a cidade.

 

 

Jantamos na cidade e fomos para o camping, enquanto Marcelo e Rodrigo andaram um pouco mais pela cidade e buscaram as mochilas no locker da rodoviária.

 

 

Dormimos no camping e no dia seguinte iniciamos nossa aventura pelo interior da Escócia, dentro de um motorhome de 3.2m de altura com 7m de comprimento, dirigido pela direita, rumo as terras altas. É nas Highlands (terras altas) da Escócia que aquela visão de montanhas nevadas, cobertas por névoa e separadas umas das outras por lagos de azul profundo se materializa. É lá que se visita a Escócia clássica do Lago Ness, dos castelos, e da típica raça de gado escocês (o Highland Cattle, uma “vaca de franja”), e onde são destilados os mais tradicionais whiskies da região.

 

 

No domingo, dia de final da Copa do Mundo dividimos o grupo: Marcelo, Rodrigo, Daniel e Henrique ficaram no camping para assistir ao jogo França x Croácia (4 a 2). Lídia, Lélia, Lídia, Lucas e Luisa (os que começam com a letra “L”…) fomos explorar o belo Castelo de Stirling, com muitos cômodos decorados e muitos (muitos) unicórnios nos tapetes, pinturas e paredes.

 

 

Após o jogo os homens foram nos buscar na cidade e fomos ao Wallace Monument, e mesmo com uma insistente chuvinha caminhamos pela floresta. As princesas do grupo (Luísa e eu! rsrs) resolvemos abortar missão e voltar para o motorhome (ficar molhada e com frio para ver um monumento?)

 

 

Na 2af seguimos viagem até Abelour e Rodrigo e Marcelo foram (de bike!) participar de um “Scotch Whisky Experience” enquanto nós nos aventuramos pela região ao redor do camping e terminamos em uma fábrica de biscoitos amanteigados (Walkers).

 

 

Na 3af seguimos viagem até Inverness e fizemos um passeio de barco para ver golfinhos (Dolphin Spirit Inverness). 

 

 

Caminhamos na cidade até o Castelo de Inverness e como ninguém é de ferro rolou um lanchinho no Mc Donald’s para as crianças.

Na 4af seguimos viagem até o Lago Ness e resolvemos ir procurar o monstro! Uma equipe foi de caiaque e outra de bote com motor. Rolou caiaque encalhado nas pedras, criança molhada e até colete de salva vidas sendo inflado, mas nada de monstro… no finalzinho da tarde o sol resolveu aparecer e as crianças animaram a entrar no lago, gelado!!! Nem assim conseguiram achar o monstro. O mais frustrado foi o caçula Henrique, que acabou emburrado nas margens do lago.

 

 

Na 5af seguimos viagem mais cedo, com as crianças ainda dormindo no motorhome e fizemos um belo percurso margeando o lago e até o sol resolveu nos acompanhar. Paramos no supermercado e o café da manhã rolou ali mesmo, no estacionamento!

Seguimos um pouco mais e paramos para conhecer o Castelo Urquhart (aliás suas ruínas) que pertencia ao clã Mac Donalds. Assistimos um filme contando a história do castelo, dos clãs, destruições, reconstruções e nova destruição e ao final do filme a cortina se abre e avistamos as ruínas do castelo… muito bem feito! E saímos para explorá-las, com um sol radiante!

 

 

Almoçamos ao lado da estrada (e do Lago Ness), uma comida preparada de modo quase instantâneo pelo Rodrigo.

Seguimos viagem até o Eilean Donan Castle, que pertence ao clã Mc Gray, localizado ao lado de um rio e com acesso por uma ponte, o que o torna mais belo ainda. Seu interior está ricamente decorado com artigos da época da década de 30.

 

 

Seguimos viagem para a Ilha de Skye e paramos em um camping no meio das montanhas. A névoa baixou rapidamente com uma chuvinha bem fina e um vento gelado trazendo um belo frio! Nessa noite não animamos cozinhar (estava muito frio!) e acabamos nos rendendo ao jantar dentro do restaurante quentinho. O motorhome durante a noite fica bem quente mas eu fiquei com frio só de olhar as inúmeras barracas ao redor. E com medo delas saírem voando com tanto vento. No dia seguinte estavam todas lá! E o mais impressionante: era verão!

 

 

Na 6af também saímos cedinho e fomos dar a volta na Ilha Skye, um perfeito cenário de filmes, com planícies rústicas de vegetação rasteira por entre montanhas rochosas. Ao lado das estradas, ovelhas pastando e por vezes cruzando a estrada.

 

 

Nos aventuramos em uma caminhada de 1 hora e meia escalando a montanha até o ponto mais alto da ilha, o “Old Man Storr”, uma curiosa formação geológica, que estava, como esperado, parcialmente encoberto pela neblina. 

 

 

Durante todo o tempo caminhamos debaixo de uma chuvinha bem fininha. Foi o suficiente para as crianças voltarem imundas para o motorhome! Mas essa é uma das grandes vantagens de viajar estilo tartaruga, levando a casa junto. Roupa trocada, sanduíche de atum com maionese e ovo comido (o nosso gás tinha acabado, não deu para fazer almoço!) e pé na estrada! 

 

 

Fizemos o caminho de volta para o continente de Ferry (Calmac Ferries) o que garantiu uma diversão extra.

Paramos na cidade de Arisaig, em um camping em frente à praia, um cenário belíssimo. O sol não apareceu e dessa vez ninguém arriscou a entrar no mar, mas se divertiram muito na areia e escalando as pedras.

No sábado fizemos o café da manhã na praia e seguimos viagem. 

 

 

Paramos em Glenfinnare para uma supresa preparada pelo Tio Marcelo: ver passar o trem que aparece nos filmes do Harry Potter. É o expresso que sai da plataforma 9 3/4 levando-o até a Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts.

 

 

O almoço foi ao lado da estrada, um ravióli rapidamente preparado pelo papai Rodrigo enquanto os meninos exploravam a floresta ao lado.

A viagem seguiu por lagos e vales e com direito a uma surpresa: estacionamos ao lado da estrada para apreciar a paisagem e fotografar e ao voltar para o motorhome, a bateria havia acabado! Lá foram Marcelo e Rodrigo descobrir onde ficava a bateria reserva e fazer uma “ligação” para dar partida…

 

 

Chegamos em Glasgow, a maior cidade da Escócia no início da noite, deixamos o motorhome no camping e fomos de trem conhecer um pouquinho da cidade, que estava bem animada: jovens com roupas bem estilo “night”.

 

 

No domingo hora de partir, fazer o percurso até Edimburgo, devolver o motorhome e pegar o avião.

E assim chegou ao fim nossa aventura de 9 dias e 8 noites na Escócia, 1200km, com direito a motorhome sem gasolina, sem gás e sem bateria (todos resolvidos rapidamente, sem stress!), com muitas imagens bonitas na memória e o principal: muito tempo em família! Esses meninos vão ter boas recordações das aventuras de férias junto com os primos! 

 

 

 

 

Alimentação: Fizemos quase todas as refeições no motorhome, dentro do camping. Mas algumas vezes estacionávamos em parques com área de piquenique e o chef de cozinha Rodrigo rapidamente providenciava um almoço! O motorhome tem até forno e nessa viagem rolou pizza, além dos pratos tradicionais: macarrão, almôndega, strogonoff, sopa, cachorro quente, ovo cozido, sanduíche…

 

 

Estradas: As estradas do interior da Escócia são super estreitas e muitas vezes só passa um carro. Quando isso acontece tem pontos mais largos para encostar quando um outro veículo passa por nós. E vimos várias pessoas acampando ao lado dos lagos, sem a menor preocupação com segurança! Isso é 1o mundo!!

 

 

Campings: Nós preferimos dormir em campings para aproveitar a estrutura: lugar para as crianças andarem soltas e brincarem, banheiro para tomar banho, tomada para ligar o motorhome na energia, reabastecer água e esvaziar a caixa sanitária (a cada 2 ou 3 dias). Era interessante observar esse estilo bem europeu de viajar: muitas famílias, alguns idosos e até cachorros!! Muitos motorhomes interessantes, muitas barracas legais. Mas o que mais impressiona com certeza são os aventureiros: sozinhos ou em casal viajando de bicicleta, levando uma a barraca super compacta, apenas para dormir… é muita animação!

 

 

Campings da Viagem

1a noite: Motonrall Caravan em Edimburgo

2a noite: Witches Craig em Stirling

3a noite: Speyside Garden em Charlestown of Abelour

4a noite: Bought Camping em Inverness

5a noite: Wigwan Camping no Lago Ness

6a noite: Sligachan Camping na Ilha de Skye

7a noite: Portnadoran Caravan Site em Arisaig (praia)

8a noite: Red Deer Village em Glasgow

 

DUBLIN (IRLANDA)

Férias de julho no Reino Unido –  Parte 4

 

Para completar o Reino Unido resolvemos dar uma esticadinha até a Irlanda. Isso era o que eu pensava, mas descobri lá que a Irlanda na verdade não faz parte do Reino Unido! A Irlanda tem o oitavo maior Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do mundo, e foi o 1o país a proibir fumar em público. 

Chegamos em Dublin no início da noite, após um dia inteiro de deslocamento: último trecho de motorhome de Glasgow a Edimburgo, devolução do motorhome e vôo (com atraso) de Edimburgo para Dublin.

Os hotéis na cidade são bastante caros. Escolhi um apartamento (Temple Bar Apartments), pelo próprio Booking.com, super bem localizado, e achei uma ótima opção. Um quarto com cama de casal e um sofá cama para os meninos na sala. E quem nos recebeu foi um brasileiro, o Leandro! O apartamento ficava a 1 quarteirão do Rio Liffey e do Temple Bar bem na vibrante vida noturna dos pubs, onde reina a cerveja Guiness.

 

 

 

Organizamos as coisas e fomos caminhar pela cidade. O primeiro local escolhido não podia ser outro se não a O’Connell Bridge, Statue and Street. Esse sobrenome é muito familiar para nós: do colega de turma (e atual sócio) João Lucas, e da ‘english teacher’ Michelle. Seu pai, John Joe é um irlandês que foi para o Brasil em missão e acabou ficando.

 

Escolhemos um restaurante (Old Meal) para o nosso 1o jantar na Irlanda e quem nos recebeu? Uma brasileira!

No dia seguinte começamos o turismo pela Trinity College. Fundada em 1592 pela rainha Isabel I da Inglaterra, é uma das universidades mais antigas e famosas do mundo. 

 

 

A sua biblioteca é uma obra prima arquitetônica: teto arrendado com estantes altíssimas decorada com bustos de mármore de filósofos e escritores. Tem mais de 200.000 livros, com destaque para o “Book of Kells”, escrito em latim por monges no século VIII, há mais de 1000 anos, em couro de bezerro e colorido com tinta extraída de pedras semipreciosas. Esse livro não teve um caminho muito fácil até chegar a universidade. Ele foi roubado pelos Vikings e muito depois foi encontrado enterrado na terra e algumas páginas desapareceram. Durante as guerras civis da Inglaterra, por volta de 1650, o Livro de Kells foi trazido à Dublin.

E além de todos esses motivos para a biblioteca ser visitada ainda há mais um: serviu de inspiração para os filmes de “Harry Potter”.

 

 

De lá fomos ao Castelo de Dublin, construído por volta de 1200 e que foi sede do governo britânico na Irlanda até 1922.

 

 

Passamos pela estátua de Molly Malone, personagem de uma famosa canção irlandesa e fomos almoçar.

 

A tarde visitamos a Catedral (Christ Church Cathedral), construída em 1030 pelos vikings e posteriormente transformada em igreja católica. O mais impressionante é a sua cripta (tipo um porão!) por baixo de toda a igreja, onde atualmente há exposições. Há até um gato e um rato mumificados, encontrados dentro da tuba de um órgão, provavelmente um caçando o outro.

 

 

De lá fomos para a Guiness Storehouse. A Guiness é a cerveja mais famosa da Irlanda e a visita à fábrica é uma experiência imperdível, mesmo para as crianças (para elas é de graça). São 6 andares sobre o processo de produção, de forma criativa e interativa. E no 7o andar um bar com vista de 360o de Dublin, onde você aprecia um ‘pint’ fornecido pela Guiness.

 

 

Terminamos a noite no National Wax Museum, um museu de cera com personagens irlandeses. Meio fraquinho mas os meninos se divertiram.

 

 

O dia seguinte começou pela Dublinia, um museu interativo contando um pouco da história e da cultura dos vikings (1o andar), da era medieval (no 2o andar) e sobre as escavações arqueológicas que aconteceram sob as ruas e edifícios de Dublin (3o andar). Os vikings vieram da Noruega e chegaram em Dublin por volta do ano 800. O museu é bastante interessante!

 

 

De lá fomos a St. Patrick’s Cathedral, o padroeiro da Irlanda. Conta a história que ele foi sequestrado quando jovem e vendido como escravo na Irlanda, mas alguns anos depois conseguiu fugir e voltou para a casa de sua família. Em seguida, iniciou sua vida religiosa e retornou à ilha que tinha escapado, na missão de missionário, convertendo milhares de pessoas ao cristianismo.

Segundo os Irlandeses, ao evangelizar, São Patrício utilizava um trevo de três folhas para explicar a Santíssima Trindade, o que acabou se tornando um dos símbolos do país. A St. Patrick Cathedral foi fundada no local onde São Patrício batizava aqueles que se convertiam ao catolicismo.

 

Almoçamos no The Brazen Head, um pub de 1528, considerado o mais antigo de Dublin. Aproveitamos para encontrar o Filipe, um primo de 2o grau do Rodrigo que está morando em Dublin há quase 1 ano. Foi um encontro interessante, conhecemos um pouco da realidade dos brasileiros que vivem lá, e que são muitos!! Ficamos realmente impressionados com a quantidade de brasileiros na Irlanda! Turistas, mas principalmente estudantes trabalhando em serviços ligados ao turismo. 

 

 

Depois fomos, de ônibus, em 2 museus: Museu de História Natural e Museu de Arqueologia, um do lado do outro e ambos com entrada franca!

 

Caminhamos pelo parque St. Stephens Green que fica em frente aos museus e até tiramos um cochilo na grama enquanto os meninos brincavam no parque.

Na volta para o hotel percorremos a Grafton Street, um calçadão com lojas elegantes e demos um “pit stop” no apartamento antes do programa noturno: jantar com dança típica (Celtic Night no Arlington Hotel).

O último dia de férias amanheceu com um belo sol e fomos para um programa bem familia: um dia no parque! Fomos de ônibus (com o Google maps é moleza!) e assim que entramos alugamos uma bicicleta para os 4 por 3 horas. Exploramos o Parque Phoenix e até cruzamos com um cervo.

 

 

O parque foi criado em 1662 como Parque de Caça Real e aberto ao público em 1745 e é o maior parque urbano da Europa, com o dobro de tamanho do Central Park de Nova York. Lá está o Wellington Monument, o obelisco mais alto da Europa, a residência oficial do presidente da Irlanda e a do embaixador dos EUA.

Almoçamos num charmoso café ao lado do lago e após devolver as bikes fomos ao Zoológico. Vimos orangotango, chipanzé, elefante, girafa, rinoceronte, avestruz, hipopótamo, antílope, foca, leão marinho, pinguim, entre outros. 

 

 

E assim, em um belo dia de verão, curtindo a natureza e a família, nos despedimos das férias…

 

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