Vivendo a história do Brasil… Rio de Janeiro e Petrópolis

Não basta estudar no livro com os filhos… tem que vivenciar!!

E foi assim que surgiu a idéia de ir para Petrópolis…

Daniel estava estudando a vinda da família real ao Brasil, a independência, a abolição da escravatura… e nada melhor do que ver a história de perto!

O Museu do Ipiranga (aquele às margens do Rio Ipiranga, onde foi dado o famoso grito “Independência ou Morte!” ) em São Paulo, está fechado para reforma e com previsão para reabertura apenas em 2022 (isso mesmo! Dá para acreditar? Coisas de Brasil…)

Então lembrei de Petrópolis…

Havia ido com meus pais pequenininha… (afinal, sou carioca da gema!)

Mas claro, não me lembrava mais… e não tinha blog para a mamãe registrar as aventuras… se tivesse, com certeza registraria!

Aprendi com eles esse prazer por viajar, ensinar, fotografar e registrar…

Mas voltando a História do Brasil… viagem marcada para o Rio de Janeiro!

 

 

Saímos cedinho de Udi para aproveitar o vôo direto da Azul (era feriado na UFU) e passamos o dia na cidade maravilhosa, com a companhia da minha tia madrinha Ana Lúcia.

 

Café da manhã na padaria…

Visitamos o Cristo Redentor (para não haver mais possibilidade de confundir Estátua da Liberdade com Cristo Redentor!! rsrsrs). Lucas havia ido muito pequenininho e claro, não se lembrava… tinha direito de confundir, afinal esteve recentemente na Estátua da Liberdade…

 

Cristo Redentor… braços abertos sobre a Guanabara…

 

Cadê o Cristo que estava aqui? Névoa…

Pão de Açucar ao fundo…


 

é como no Arpoador e não ver o mar…

Tom Jobim… Amo bossa nova!

 

Almoçamos na Praia do Arpoador e subimos a serra para Petrópolis. Como era final de tarde de 6af no Rio acabamos pegando um pouco de trânsito e a sensação de saber que isso (ainda) não nos aflige no interior é muito boa!!

Com isso os meninos chegaram dormindo ao hotel (tinham acordado as 3:30!).

 

Por falar em hotel, escolhi um do roteiro charme. Um pouco caro, mas realmente encantador! Num antigo casarão do século 19, todo reformado, com um paisagismo lindo, bem localizado, cheio de “mimos” (chocolate de coroa na cama, jornal na porta do quarto, mini produtos da Natura no banheiro)… E o quarto muito amplo que acomodou nossa família e ainda sobrou espaço até para fazer cabaninha na noite que choveu…

 

Hotel Solar dos Impérios

Mimos do hotel…

Nota de 50 cruzeiros da Princesa Isabel de 1944

Venda de notas antigas na cidade…

 

 No sábado nosso primeiro destino foi a Catedral, onde estão os restos mortais de D. Pedro II e D. Tereza Cristina, sua esposa. Com a proclamação da república em 1889, D. Pedro II, na época imperador do Brasil, teve que sair do pais e voltou para a Europa. Os dois faleceram logo depois. Nos vitrais estão poemas escritos por ele, onde deixa transparecer a saudade que sentia do seu país natal. Tanto que um pouco de terra brasileira foi usada como travesseiro em seu caixão, atendendo a seu pedido.

Em 1920 foi anulado o decreto que bania a Família Imperial do Brasil e assim no ano seguinte seus restos mortais foram trazidos e colocados no Mausoléu Imperial, dentro da Catedral. Lá também estão sepultados a Princesa Isabel e seu marido, Conde D’Eu.

De lá seguimos para o Museu Imperial e foi pura história.
Lá está a árvore genealógica da família real

  1. Pedro I – aquele que veio ainda criança para o Brasil, quando seu pai, D. João VI rei de Portugal, mudou-se com a corte para o Brasil para escapar de Napoleão, sua esposa Leopoldina (que faleceu poucos dias depois de dar a luz a um filho natimorto)
  2. Pedro II – único filho legítimo do sexo masculino a sobreviver – aquele que foi deixado como imperador no Brasil com apenas 5 anos de idade, quando seu pai, D. Pedro I, abdicou ao trono e voltou para Portugal. E que com 14 anos teve sua maioridade antecipada e tornou-se o segundo (e último) imperador do Brasil.

Seus filhos, Afonso, Isabel, Leopoldina e Pedro… Os 2 meninos morreram na infância e há no museu o berço que usaram (como era alta a mortalidade infantil naquela época!).

Lá está a declaração que a Princesa Isabel assinou, abolindo a escravatura (D. Pedro II estava em viagem a Portugal e ela assumiu como princesa regente do Brasil) e a pena com que assinou…

 

Declaração da abolição da escravatura

 

O museu é muito bem organizado, e todos nós gostamos muito. Os meninos gostam muito de museu (não sei se por gosto próprio ou por exposição precoce e contínua…) e se comportam muito bem.

Para o Daniel as explicações da Tia Maria ainda estavam vividas na memória (a prova foi na semana passada!) e para o Lucas andei lendo algumas coisas (a Turma da Mônica tem uns gibis educativos muito bons!! As crianças adoram…)

 

Livrinhos que lemos antes da viagem…

Mesmo com tanta história, confesso que o que mais chamou atenção dos meninos foi a pantufa que tivemos que usar, o que rendeu altas brincadeiras, esquiadas, escorregadas e risadas!

 

Família toda de pantufa!

 

Depois de um descanso na piscina do hotel voltamos ao museu para assistir ao Sarau (ingresso comprado a parte). Até fiquei na dúvida se não seria muito chato para os meninos, mas foi uma grata surpresa. Foi muito legal ver a Princesa Isabel tomando chá com as suas amigas, conversando com linguagem da época, falando sobre os costumes daquele tempo, interagindo com a platéia sobre nossos gostos musicais, esportivos e principalmente trajes (a moça que subiu ao palco de short foi para elas motivo de espanto!). Alem das boas risadas, uma musica com piano de qualidade!

E em seguida o espetáculo noturno de Som e Luzes, realizado ao ar livre, nos jardins do Museu. Uma cortina de água serve de pano de fundo para a projeção de um filme com efeitos especiais, sobre a vida de D. Pedro II. A história começa no baile das princesas, quando Isabel e Leopoldina são apresentadas a seus futuros maridos, e termina com a chegada da República. Muito bom!

 

 

No domingo aproveitamos o sol da manhã no hotel (a previsão da tarde era chuva!). Os meninos foram para a piscina enquanto nós suamos um pouco na academia…

 

Fizemos um tour de Carruagem pela cidade e almoçamos na Cervejaria Bohemia.

E a tarde fomos a Casa Santos Dumont. Essa casa foi projetada por ele, no final da sua vida, e morou alguns anos por lá, quando já não voava mais e estava em depressão por ver seu sonho tornar-se pesadelo (a aviação ser usada na 1a guerra mundial). Lá vemos algumas invenções (a cama que de dia virava mesa, o chuveiro de balde que misturava água fria e quente), objetos de uso pessoal (o telefone que usava para pedir comida no hotel em frente – dizem que foi o precursor do delivery!) e claro a sua história na aviação (todos os seus modelos, começando com um dirigível n.1, passando pelo 14, seu modelo mais famoso e terminando no n. 20, quando decidiu não voar mais). E suas façanhas, como o vôo em volta da Torre Eiffel, em 1901, ganhando um grande prêmio em dinheiro, que ele distribuiu entre sua equipe e os desempregados da França.

 

Casa Santos Dumont

Observatório que Santos Dumont criou no teto da cabeça

Chuveiro com o balde que mistura água quente com água fira

 

A noite chuvosa nos fez ficar no aconchegante quarto, convivendo em família (compramos uns livros infantis muito legais no museu com vários objetos objetos para serem montados). E o papai e o Dani ainda assistiram ao jogo da NFL.

No dia seguinte uma visita ao museu de cera e o retorno para o Rio de Janeiro.

 

Lucas e o Einstein

Lucas e o Einstein

Daniel e Jack Sparrow

Como chegamos com tempo ainda passeamos um pouco no centro da cidade, ao lado do aeroporto e assisitimos a um espetáculo no Circo Voador, ao lado dos Arcos da Lapa.

O Lucas até participou com o palhaço, arrancando muitas gargalhadas do público! Para quem conhece meu filho como eu e sabe o quanto era tímido e sistemático quando mais novo, fiquei encantada de vê-lo no palco (mesmo que no susto!). Com o celular sempre a mão conseguimos rapidamente registrar esse momento mágico…

 

Recebendo abraço do palhaço ao final da participação especial…

 

Encerramos o final de semana embarcando com destino a Uberlândia, no aeroporto Santos Dumont…

 

e graças a ele (e a muitos outros!) podemos nos aventurar por esse Brasil cheio de histórias para contar!

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