Paris e Londres… com os filhos na mala!

Oi pessoal… estou de volta!

Não deu para escrever durante a viagem… não sobrou tempo!

Levar filho na mala para o exterior não é fácil!

Foram 5 dias em Paris e 5 em Londres…

As 12 horas de vôo de Rio a Paris seriam até tranqüilas se não fosse necessário uma jornada de Uberlândia até SP e de lá até o Rio… Cansa muito! Viver no interior dá nisso… No trecho internacional, a programação infantil da TAM com filmes e jogos manteve as crianças ocupadas por bastante tempo e depois o cansaço tomou conta e os dois dormiram deitados cada um no colo de um pai…

Voltar a Paris foi emocionante! Tínhamos estado lá na nossa lua de mel, há 8 anos… Recém casados, apaixonados, a cidade nos encantou.  E lá estávamos nós… desta vez com os filhos! Mais uma vez o que nos impressionou foi a arquitetura clássica, elegante, uniforme… a cidade é realmente a mais linda do  mundo! Os castelos, museus, palácios… Além disso o povo francês além de elegante é tranqüilo e parece não ter pressa de ver a vida passar. Nos jardins tomando sol, lendo, fazendo pic-nic ou fazendo absolutamente nada, a impressão é que a vida é levada curtida em outro ritmo. Estava muito sol, então fez um calor danado! E eu carregando aquela mala cheia de roupa de frio… Previsão do tempo pela internet não é tão real assim… Mas foi fácil resolver: é só cortar as mangas de uma camiseta de manga comprida, que ela vira uma de manga curta…

Viajar para o exterior com crianças é cansativo, tanto para os pais quanto para eles. Mas estou convicta que experiências como estas nos unem ainda mais como membros da família e principalmente alargam imensamente o horizonte dos pequenos (e o nosso também!). E os meninos tiraram de letra! Daniel, com quase 6 anos, ia dormir na mesma hora que os adultos, mesmo contra a sua vontade  e acordava com todo o pique perguntando sobre a programação do dia. Lucas, com 2 anos, expressava seu cansaço com as frases que mais ouvi durante a viagem “qué dedera!” “qué pepeta!” (Ele já fez 2 anos mas resolvi não tirar a chupeta antes desta viagem pois sabia que ela ia ajudar…). E após breves cochilos (1 ou 2, as vezes até 3!) durante o dia, no carrinho, acordava refeito! Aliás, era engraçado a referência dele com o carrinho: toda vez que nos separávamos dele deixando-o em algum lugar para pegar depois ou entregando na porta do avião, ele já perguntava “o carrinho não vai?”

A língua foi tranqüila, pois na França o inglês é amplamente falado nos pontos turísticos… O Daniel até aprendeu algumas expressões básicas… E o Lucas ficava o tempo todo perguntando “Quê ela falô?” Quando escutávamos alguns outros turistas brasileiros conversando, mesmo que de longe, rapidamente o Daniel identificava o nosso bom e velho português e abria um sorriso! Além disso, a linguagem dos sinais é universal… e também o sorriso, que o Lucas distribuía e cativava a todos! O Daniel até fez um amigo japonês de 5 anos e jogaram bola por mais de uma hora enquanto aguardávamos o trem, comunicando-se pelos sinais… foi uma graça vê-los interagindo!

O dinheiro foi outro aprendizado… Antes de partir explicando para o Daniel que o dinheiro lá se chama Euro ele rapidamente respondeu “Por causa de Europa? Então o nosso dinheiro tinha que ser brasi”! Lógica de criança…

 

Daniel e Lucas se divertindo com as moedas de euro…

 

O fuso horário foi o que mais nos deu trabalho… A noite chegava tarde (só escurecia depois das 21:00!) e quem disse que os meninos queriam dormir?? Aliás isso se repetiu durante quase toda a viagem… já eram 1h da manhã, mas ainda 6hs da tarde no reloginho biológico deles… além da excitação do hotel, da viagem… então, quem estava com sono?? Pareciam ligados na tomada, o Daniel rindo sem parar e o Lucas repetindo “mimi não!” Foi um custo fazê-los dormir, o que só aconteceu várias vezes quase as 3h da manhã! Ai, ai… E no dia seguinte para acordar…

A diversidade de transportes que utilizamos por si só foi um acontecimento excitante. Acostumados a andar basicamente de carro, eles ficaram encantados com avião, taxi, metrô, trem, barco… Só faltou bicicleta e moto…

 

Metrô em Londres

 

 

Lucas inserindo o ticket no metrô de Londres

 

Os meios de transporte de Londres então, são uma atração à parte: os tradicionais ônibus vermelhos de 2 andares, o velho táxi preto com seu amplo espaço interno e o mais interessante: o volante do lado direito!

 

Táxi londrino

 

Mas o meio de transporte mais usado durante a viagem foi sem dúvida o sapato… como nós andamos!  Isso sem falar no carrinho de bebê: imprescindível, usamos o tempo todo! Geralmente com os 2! O Lucas sentado e o Daniel atrás de “carona” ou vice-versa…

 

Versão 1: Lucas deitado e Daniel de carona, em Paris, com a entrada da Place de Vosges ao fundo…

 

Versão 2: Daniel deitado e Lucas de carona, em Londres, com o tradicional ônibus de 2 andares ao fundo

 

Ou até mesmo os 2 juntos: o Daniel sentado com o Lucas no colo! (não deu muito certo…)

 

Não sei como o carrinho agüentou… tudo bem que voltou rangendo… meio desbalanceado… mas foi fundamental durante a viagem! E na Europa é super comum usarem carrinho. Aqui no Brasil só se vê carrinho com bebês… é só as crianças crescerem um pouco mais e já não usam mais carrinho… Lá existe inclusive os carrinhos oficiais para 2 irmãos, uma criança pequena sentada e um lugar próprio para o maior em pé atrás (o que fizemos de uma maneira adaptada no nosso), ou então tipo 2 andares, com o maior em cima e o bebê no andar de baixo, mais ou menos naquele local que a gente coloca a bolsa…

 

Carrinho com “carona” atrás

 

Carrinho típico na Europa, de 2 andares,  para irmãos de idades diferentes…

 

Ah, e levei também uma “coleira” para o Lucas… é sério! Uma mochila de macaco que ficava bem presa nele e que o rabo do macaco, bem comprido, era para ser segurado pelo adulto… Fundamental nos momentos de multidão nos museus e nos momentos em que me distraía vendo o mapa da cidade ou do metrô! Tudo bem que chamava uma atenção… não tinha quem não desse um sorriso ao ver a cena!

Lucas na ‘coleira’ na loja de departamentos mais famosa do mundo, a Harrod’s

 

Lucas na coleira na Champs-Elysées…

 

A EuroDisney foi o único programa que fizemos específico para as crianças, no resto da viagem foram eles que nos acompanharam e cabia a nós, adultos, tornar os locais interessantes para eles o que foi muito mais  fácil do que eu imaginei! Até o Lucas se encantou com as estátuas sem cabeça, sem “piupiu”… isso sem contar as estátuas humanas nas ruas que mexiam e pregavam susto nele! O Daniel era o mais animado de todos… Queria entrar em todos os castelos, museus… e sempre reclamava para sair, queria ver mais! Como fizemos uma pequena preparação antes de viajarmos com livros infantis, filmes e jogos ele se deliciava procurando as obras de arte que já conhecia, principalmente do Museu do Louvre! Ou então brincando de “caça ao tesouro” tentando encontrar as peças destaques que estavam nos guias dos museus… Gostou tanto que ficava imaginando construir seu próprio museu… definiu até o valor do ingresso, a hora de fechar, quem ia trabalhar nele… o problema era só o que expor. Foi quando ele teve a brilhante idéia de contratar um arqueólogo para descobrir ossos de dinossauro e coisas antigas aqui em Uberlândia para colocar no museu… Começou até a juntar as moedas que ganhava para isso! Estar frente a frente com um dinossauro real, que se movimentava e fazia ruídos, no Museu de História Natural de Londres, foi uma experiência incrível, inclusive para nós adultos! Pode parecer mentira, mas quando uma amiga perguntou para o Daniel o que mais tinha gostado durante a viagem a resposta foi: o museu do Louvre!

Enfim, banhos de cultura e multidão em vez de banhos de sol e mar podem ser muito cansativos, mas intelectualmente revigorantes!

Quem quiser saber mais detalhes, rir com os micos, ver algumas fotos ou dicas de como viajar com os filhos, acompanhe os roteiro diário…

Até a próxima…

 

Cena que se repetiu inúmeras vezes na viagem: trocando fralda em público!

Tags: Londres, Paris

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