Sudeste Asiático: Tailândia, Camboja e Laos

Sudeste Asiático: Tailândia, Camboja e Laos

TAILÂNDIA

Fazer turismo do outro lado do mundo não é tarefa fácil!
O 1o vôo (SP – Bangkok) foi de 16 horas…
Fizemos uma pausa em Doha para esticar a perna e depois encaramos mais 6!!
Como disse o comissário ao nos receber no voo da Qatar: é só dormir 12hs que o vôo vai durar apenas 4 horas! O duro é dormir tanto no avião…

Logo na chegada no aeroporto da Tailândia percebemos que o país realmente atrai milhares de viajantes (cerca de 26 milhões de turistas por ano) devido à sua fascinante cultura, natureza exuberante, culinária e animada vida noturna…
Só para se ter uma idéia o Brasil recebeu 6 milhões de turistas estrangeiros em 2014, ano da Copa do Mundo! (A Tailândia recebe cerca de 5 vezes mais turistas que o Brasil, que possui uma área 16 vezes maior.)
A fila para o controle de passaporte era gigantesca…
E então… 34 horas depois de sairmos de casa em Uberlândia… chegamos ao hotel em Bangkok (se acrescentarmos o fuso horário de 10 horas foram 44 horas!). Uma cidade com 9 milhões de habitantes que é ao mesmo tempo caótica e um encanto.

Assim que chegamos ao hotel (Navalai River Resort) tomamos um merecido banho e o 1o destino não podia ser outro que não a Khaosan Road, a rua mais famosa de Bangkok.
É uma rua de pedestres cheia de letreiros de neon e fumaça de fritura que oferece literalmente de tudo! Restaurantes, comida de rua (incluindo os exóticos insetos), tatuagens, compras e claro, massagem! Além de um fluxo interminável de pessoas de todos os estilos e nacionalidades, muitos com suas grandes mochilas nas costas.
A Khaosan Road ficava a poucas quadras do hotel e acabamos indo todas as noites…

 

Espetinho de escorpião para vender

 

Jantamos em um restaurante típico e como já esperávamos adoramos a comida local, especialmente o Rodrigo! A comida é salgada e adocicada, ácida e apimentada… Ou seja, bem peculiar!

E após 2 noites no avião não podíamos perder a oportunidade de experimentar uma autêntica criação do país que se tornou produto de exportação: a massagem tailandesa, com muita pressão!! E por aqui massagem tailandesa é apenas uma massagem, na Tailândia… Nada além disso!!
E assim fechamos nossa 1a noite na Tailândia!
Capotamos e dormimos 11 seguidas para colocar o sono (e o fuso horário!) em dia.

* Dia de Templos

No 2o dia, como bons turistas fomos de transporte público. Pegamos um barco no píer que ficava atrás do nosso hotel e me posicionei ao lado de um monge. Imediatamente uma ‘nativa’ veio me repreender pedindo para me afastar dele… Segundo as regras locais eles não podem encostar em uma mulher!

 

 

No sudeste asiático a grande maioria da população é budista (mais de 90%). Assim, o turismo não tinha como começar por outra coisa senão os templos.
A primeira visita foi ao Grand Palácio. Ficamos impressionados com tudo!!
Com tanto dourado, tantos detalhes, tantos budas, tanto incenso, tantos turistas, tanto calor! Falando em turistas parece que 90% dos turistas são chineses / japoneses/ coreanos… ou seja, têm os olhos puxados!!

 

 

O calor prometido em todos os lugares é real, muito mais forte do que eu poderia imaginar. Dizem que aqui tem 3 estações do ano: quente, muito quente e insuportavelmente quente!
Apesar do calor temos que obedecer às regras para entrar nos templos: nada de mini saia, short, barriga ou ombros de fora…

 

 

A melhor parte do dia era quando entrávamos em algum museu… (com ar condicionado!). Difícil era sair de lá!

 

Rodrigo sem coragem de sair de frente do ar condicionado…

 

No hotel, quase 1:00 da manhã, olhamos no celular e a temperatura aparente era de 37oC!! Imagina de dia, debaixo do sol, sem absolutamente nenhuma nuvem no céu!!

A quantidade de água que bebíamos durante o dia era enorme…

 

 

Dentro do Grand Palacio está o Wat Phra Kaew (“templo do buda de esmeralda”), considerado o templo budista mais importante da Tailândia.
Detalhe: o Buda de esmeralda é feito de Jade!
No guia estava escrito “trazendo uma incrível sensação de paz para quem visita o templo”. Confesso que não senti paz nenhuma, só calor e confusão!!

 

 

Almoçamos num mercado com comida de rua… Muito gostosa!

De um templo ao outro fomos de tuk-tuk, os tradicionais carrinhos de 3 rodas usados como transporte público.

 

 

O Wat Pho (“templo do buda deitado”) é o mais antigo e maior templo de Bangkok. É famoso pelo gigantesco Buda deitado, com seus 46 metros de comprimento (e 15 de altura) inteiramente coberto por folhas de ouro.
Para que os turistas não tenham insolação o ingresso dá direito a 1 garrafinha de água! Interessante…

 

Confusão de sapatos nas portas dos templos

 

 

Ele fica lá, sorrindo placidamente enquantos os turistas se contorcem para achar o melhor ângulo para as fotografias

 

 

Cruzamos o rio ($3 THB) e terminamos o dia de templos no Wat Arun (“Templo do amanhecer”), com os pequenos sinos no alto de todas as torres.

Voltamos ao hotel de barco para um rápido banho (ufa!) e fomos jantar e assistir ao espetáculo “Siam Nirap”. É o teatro que possui o maior palco do mundo (está no Guiness book!). Para contar a história da Tailândia (1a parte) eles usam elefantes, bodes, galinhas, barcos e até chuva! Na 2a parte retratam o imaginário da cultura local, com o inferno, a floresta encantada e o céu. Impressionante! E cheio de efeitos especiais. Eu faço questão de, sempre que possível, assistir algum espetáculo em cada país que visitamos. Depois das passagens compras já procuro na internet alguns programas culturais, antes mesmo do hotel!!

 

 

* Ayutthaya

No 3o dia na Tailândia visitamos Ayutthaya, que foi a capital do antigo Reino de Sião. Contratamos o passeio numa pequena agência de viagens ao lado do nosso hotel (Navalai River Resort), o que facilitou bastante.

Ayutthaya foi fundada no ano de 1350 e destruída em 1767 pelo exército da Birmânia (atualmente chamada de Mianmar)
Era uma das mais importantes cidades da região asiática com mais de 1 milhão de habitantes. Sua localização entre a China, Índia e Malásia favoreceram um interno comércio, onde navios europeus atracavam para comprar marfim, peles, sedas e artesanatos.

 

 

Primeira parada do dia, Wat Yai Chai Mongkol, um dos templos mais conservados de Ayutthaya. Foi construído pelo Rei U-Thon, e possui uma estupa com mais de 60 metros de altura.
Estupa (ou Chedi), para quem não sabe, é um monumento construído sobre as cinzas de alguém importante, no caso dos antigos reis de Sião.
O templo é repleto de imagens de Buda – todas vestidas com mantos amarelos ou laranjas.

 

 

 

Segunda parada do dia: Wat Mahathat, o templo que guarda uma das imagens de Buda mais famosas, abraçada pelos galhos de uma árvore. E também muitos budas sem cabeça, destruídos pelo exército da Birmânia.

 

 

Terceira parada: Buda deitado (outro, pois já tínhamos visto um Buda deitado em Wat Pho no dia anterior).

 

 

E aí quando achamos que já tínhamos visto Budas suficientes, de todos os tamanhos… vem o Wat Phanan Choeng, onde fica um gigantesco Buda sentado

 

 

6 paradas depois, um almoço típico, muitas garrafas de água, muitas ruínas de palácios reais, templos e estátuas de Buda (com e sem cabeça) voltamos para Bangkok, cansados, suados e queimados pelo sol (mesmo tendo passado e repassado protetor solar!)

 

 

Aproveitamos para um pulo na piscina, na cobertura do prédio, com uma vista bem interessante do rio…

 

 

Dizem que no Sudeste Asiático existem 2 estações: da seca e das chuvas. Viemos no final da seca, mas confesso que a única coisa que não nos sentimos foi secos! 1 minuto depois que você saía do ar condicionado do carro ou do hotel você já estava completamente encharcado!

Jantar nas famosas (e deliciosas) barraquinha de rua (não passamos mal nenhum dia!)

 

 

Saindo a noite no estilo tailandês, de chinelo!

* Mercado Flutuante

No 4o dia na Tailândia fomos ao mercado flutuante de Damnoen Saduak.
Um labirinto de canais com centenas de jangadas onde mulheres vestidas em tradicionais roupas negociam frutas, verduras e temperos. E claro, muito soubenirs para os turistas! Também contratamos o passeio na pequena agência ao lado do nosso hotel.

 

 

Perto dali fomos a um “Cobra Show” (cobra em tailandês é cobra!)
Bem exótico. Em uma parte do show o moço agarrou 3 cobras, uma em cada mão e a outra pelo dente… Cada louco que têm nesse mundo! A participação de uma criança foi bem angustiante…

 

 

Depois fomos comemorar nosso aniversário de namoro com uma “luxury spa and massage for honeymooner” (no Health Land Spa). Uma massagem para o casal junto, na mesma suite. Fiquei tão relaxada e zen que estava com medo de esquecer de respirar (até dava uns suspiros de vez em quando só para ter certeza que estava respirando). E de vez em quando olhava o Rô de rabo de olho para checar se não estava dormindo (ele disse que não dormiu, mas claro que cochilou!)

 

 

A noite um último passeio…

 

 

Ultima visão noturna da cidade… Tudo por uma boa foto!
De tanto ver tatuagem, acabamos não resistindo… (embora a tatuagem que fizemos não irá resistir muito tempo!)

 

 

* Phi Phi

Depois de 4 dias derretendo em Bangkok foi a hora de conhecer as famosas praias da Tailândia (e derreter mais ainda, mas pelo menos com a brisa do mar).

 

Pintor em Phi Phi

 

Fomos de avião até Phuket, depois balsa até a ilha de Phi Phi e depois de long tail, o típico barquinho até o hotel (Bay View Resort). Confesso que nem estava esperando algo que realmente me surpreendesse, afinal, depois de 5 vezes em Barbados (onde minha irmã estava morando, no Caribe) nos últimos 4 anos fiquei com um senso crítico alto em relação à praias… Além disso, o Brasil tem belíssimas praias, incluindo a linda ilha de Fernando de Noronha, que já tive o prazer de conhecer!
Mas foi só chegar ao porto da ilha de Koh Phi Phi que fiquei de boca aberta!!
O mar é escandalosamente azul verde transparente…

 

Chegada no Porto de Phi phi

 

E ainda nem sabia que além da cor impressionante o mar era deliciosamente quente!!

 

Chegada no hotel de barco, com o pé na areia…

Praia em frente ao hotel

 

No final da tarde andamos 4km morro acima (lá não circulam carros) até o View Point para apreciar o pôr do sol… Lindo, mas confesso que a subida não é mole não! E depois a descida… Fiquei de pernas bambas!

 

 

A noite na ilha de Phi Phi é realmente animada!
Muitos muitos bares e restaurantes…
Muitas muitas muitas casas de tatuagem…

 

 

Show com fogos na praia…

 

Show de fogos na praia

 

E até um grande bar de Muay Thai para turistas empolgados em dar uns socos e depois ganhar um bucket de bebidas…

 

 

O ‘bucket” de bebidas é o jeito típico de servir bebida por lá, você escolhe a bebida, eles colocam num balde (daqueles de brincar na areia…) e enchem de gelo! E você fica a noite toda andando carregando seu baldinho… (no nosso caso, mas acredito que eles encaram mais de 1!)

 

 

No dia seguinte fizemos um tour de lancha de 8 horas pelas praias e ilhas, com paradas para mergulho. Nós e metade da China também (os chineses estão dominando o mundo!! Ou será que já dominaram?).

 

 

Mesmo com tantos turistas não podíamos deixar de visitar o mais famoso cartão postal: Maya Bay, na vizinha ilha de Phi Phi Leh, que ficou mundialmente famosa após o filme “A Praia” (2000) com Leonardo de Capri. Foi atingida por um tsunami 4 anos mais tarde. Com exceção das placas que apontam as rotas de fuga em caso de ondas gigantes, a região não possui vestígios de destruição.

 

 

E ao final do passeio, ainda dentro do barco, assistimos um espetacular pôr de sol, um dos mais incríveis da minha vida!

 

 

Ainda tivemos pique de curtir mais uma animada noite na ilha. Voltamos ao bar de Muay Thay e tive que segurar o Rodrigo para não subir no ringue… (rsrsrs)

 

 

O clima é tão quente, a água do mar é tão agradável, a paisagem tão inspiradora e a noite tão vibrante que ao voltarmos para o hotel, as 2 da manhã não resistimos a um banho de mar… De roupa!

 

No barco indo embora de Phi Phi… A Tailândia deixou sua marca!

 

Café da manhã no hotel

 

Hora de ir embora: levando a mala para o barco!

 

O outro dia ficou por conta de curtir a praia do hotel, tirar mais fotos, e nos despedir de Phi Phi.

 

 

Devido ao horário do barco / vôo passamos uma noite em Phuket. A cidade é uma loucura! Milhões de turistas!! Mas infelizmente muito relacionada ao turismo sexual.

 

Patong Beach, a praia mais famosa e agitada de Phuket

 

A praia de Phuket não chega nem aos pés de Phi Phi. Realmente não compensa de jeito nenhum vir a Tailândia para ficar em Phuket, sem dúvida é melhor se hospedar em Phi Phi! Mas a nossa idéia era apenas passar a noite (entre o check in e o check out no hotel foram exatas 12 horas). Por isso escolhi um hotel (Sleep with me, um hotel “design” todo moderninho), bem no centro da agitada vida noturna de Phuket. Tivemos tempo de ver o pôr do sol na praia, caminhar na rua, perceber o apelo da prostituição e assistir a uma luta de Muay Thai (não a de turistas de Phi Phi, uma “oficial”).
É muito diferente! Os lutadores têm um “ritual” antes de cada luta… Tocando sempre uma mesma musiquinha, ao vivo (que depois da 3a ou 4a vez começa a ser irritante!).

 

 

Depois de 1 semana na Tailândia, hora de seguir em frente para a parte 2 da viagem: Camboja e Laos.

* Camboja (Siem Reap)

Depois de 1 semana na Tailândia, hora de seguir em frente para a parte 2 da viagem: Camboja e Laos.
Chegamos no aeroporto de Siem Reap, a cidade mais turística do Camboja.
O visto é feito no próprio aeroporto (30 dólares) e desta vez fomos recebidos com plaquinha com meu nome por um Cambojano super simpático chamado Alex.

 

Alex, nosso guia e o motorista

 

Claro que esse é o seu nome “ocidental”, que ele mesmo escolheu, pois o seu nome na língua local era realmente impossível de decorar. E olha que não foram poucas as vezes que o Rodrigo perguntou, afinal queríamos ser simpáticos. Desistimos e nos conformamos a chamá-lo de Alex mesmo. É um Cambojano de 20 e poucos anos que fala um português fluente, e trabalha como guia. Li sobre seu trabalho em algum blog de viagem e resolvi ter essa nova experiência. Muito bom!!
Ele aprendeu português (com sotaque carioca!) sozinho pela internet, em vídeos do YouTube. Com certeza é o estrangeiro que melhor fala nossa língua (sem nunca ter vindo ao país) que conheço!
Nos contou que ele é o único guia Cambojano que fala português, e deve ser mesmo. Além do excelente português, ele é muito educado, atencioso e ótimo fotografo!
Ah, claro, o principal: bom guia também!!!
Nos acompanhou nos 3 dias em que estivemos na cidade.
Com direito a água gelada e toalhinha gelada dentro do carro…
Com ele conseguimos entender um pouco mais da história do país, das ruínas de Angkor e até um pouquinho do budismo e hinduísmo. Descobrimos por exemplo que o costume dos locais é velar o corpo em casa durante 3 dias com a presença de monges e depois cremar. As cinzas são colocadas nos pagodas (dos mosteiros) ou em pequenos altares em casa. E nos contou que ainda existe “dote” para casar, a ser pago pelo futuro marido para a família da esposa.

Atenção brasileiros que estejam planejando ir para o Camboja (não devem ser muitos…): vale super a pena!

 

 

Camboja tem um passado triste. Foi colônia francesa até recente (1953) o que atrasou o seu desenvolvimento. Nos anos 60 foi bombardeada durante a Guerra do Vietnã (país vizinho). E nos anos 70 passou pelo pavoroso regime comunista do Khmer Vermelho (1975-1979), quando o ditador Pol Pot liderou o extermínio de mais de 1 milhão de pessoas contrárias ao seu governo. Atualmente os cambojanos comemoram 2 datas especiais: o dia da Independência da França e o dia da libertação do Khmer vermelho.

 

 

Mas o histórico recente cheio de violência contrasta com a rica espiritualidade e a alegria das pessoas nos dias de hoje. O turismo é a 2a maior fonte de renda do país (1o é a indústria têxtil). A economia é dolarizada: os preços são em dólares e te devolvem o troco em dólares… A moeda local é o Rhiel, e está super desvalorizada (1 dólar = 4.000 Rhiel). Quando o troco envolve centavos de dólares eles convertem e te dão na moeda local pois não circulam moedas, nem de Rhiel nem de dólares (ou seja, o dinheiro deles só aparece para valores menores que 1 dólar).

Deixamos as malas no hotel (Apsara Centrepole) e já começamos a explorar Angkor. Compramos um ticket para 3 dias de visitas pelos parques arqueológicos (US$ 40,00).

 

 

Monges na era da modernidade: foto no celular com o pau de selfie

Parque arqueológico Angkor

Angkor foi capital do império Khmer durante a época de esplendor, do século IX até o século XV, quando entrou em declínio e foi abandonado durante mais de 300 anos, e a natureza o cercou. Foi descoberto por exploradores no século XIX.
É uma área imensa (muito maior do que você possa imaginar!) onde florestas permeiam as ruínas dos sítios arqueológicos. Existem cerca de 200 templos nesse complexo de cidades antigas, mas claro, visitamos apenas os principais.
A população não tinha acesso a esses templos, apenas a família real e os monges.

 

Um celular e muitos combojanos atentos…

 

Segundo nosso guia para trazer as pedras das montanhas para construção dos templos eram usados elefantes, cerca de 4.000. As pedras eram furadas para serem amarradas e transportadas.

 

 

No 1o dia, a tarde, visitamos (em cerca de 3 horas):
Preah Khan
Neak Poen
East Mebon

 

Foto mega legal que nosso guia nos ensinou a tirar!

 

Andar pelas ruínas naquele calor não era tarefa fácil. Como era bom ser recebido em um carro com ar condicionado, água gelada e toalhinha gelada para refrescar após algumas horas caminhando debaixo de um sol escaldante e temperatura acima de 40º C…

 

 

Foi em Camboja que tivemos o momento mais triste e o mais feliz da viagem (calma, não foi nada sério!). Como amantes da fotografia já havíamos ficado tristes quando esquecemos a capa da nossa máquina com a bateria reserva dentro do estádio de Muay Thai. Mas aí aconteceu algo mais triste ainda! Chegando em Angkor percebemos que a nossa máquina estava sem bateria. Tudo bem, tiramos com o celular. Chegando no hotel, cadê a bateria?! Havia ficado na parede do hotel lá na Tailândia carregando… Ficar sem a máquina até o final da viagem? Que pesar estávamos sentindo… Bem, bola para frente! Fomos a um jantar com apresentação de dança típica e na frente havia um “Shopping Center”. E não é que achamos super fácil uma nova bateria e um carregador?! E olha que quando comprei essa máquina em Nova York tive dificuldade de achar uma bateria extra para ficar de reserva…

Terminado nossa missão fotográfica fomos ao jantar e ao show de dança típica. As dançarinas “apsara” são figuras muito interessantes! Amei o estilo das mãos…

 

 

E no dia seguinte, nova visita às ruínas de Angkor. Na hora de tirar foto, cadê a bateria? Tinha ficado carregando no quarto do hotel!! Mas não aguentamos, tivemos que voltar ao hotel no meio do dia para pegar! Acho que tanto calor está derretendo nosso cérebro!!

 

 

No 2o dia visitamos (em cerca de 9 horas)
Pre Rup
Banteay Srei (templo das mulheres)
Banteay Samre, dedicado ao deus hindu Shiva
Angkor Wat, homenageando o deus hindu Vishu

 

 

O tempo das chuvas começa em maio e pontualmente neste dia (30 de abril) pegamos nosso primeiro dia de viagem com chuva… Deu pena daquela quantidade de crianças de bicicletas no caminho voltando da escola. A visita ao templo ficou um pouco mais confusa com água, barro, sombrinha… Mas por outro lado foi ótimo porque quando ela foi embora ficou bem mais fresco!!!

 

 

Almoçamos no caminho em um restaurante de comida típica e rolou até um cochilo depois… para enfrentar mais algumas horas de caminhada!

 

 

A noite andávamos nas ruas e nos mercados noturnos cheios de lojinhas de artesanatos, restaurantes e comidas de rua.
E entre as comidas de rua… os exóticos insetos (besouro, grilos, larvas, rã…) novamente!

 

 

Chamava a atenção as inúmeras casas de massagem (mais até do que na Tailândia!). Umas 3 ou 4 por quarteirão (na zona turística)!

No 3o dia acordamos super cedo (5:00!) para apreciar o espetáculo do nascer do sol em Angkor Wat. Nós e quase todos os turistas da cidade… é tão comum que o hotel oferece um “box” com o café da manhã para fazermos um picnic enquanto assistimos ao nascer do sol.

 

Lindíssimo nascer do sol

 

 

Muitos turistas esperando o nascer do sol…

Depois visitamos (em cerca de 6 horas):
Angkor Thom (que significa cidade grande)
Templo Bayon – com suas 53 colunas, com 4 faces de Buda em cada totalizando 216 – é um dos únicos templos budistas em Angkor
Terraço dos elefantes
Taprohm (do filme Tomb Raider da Angelina Jolie)

 

Eu e Angeline Jolie (filme Tomb Raider) !!

 

um monge turista fotografando uma cabeça de Buda…

 

Quando chegamos ao hotel não resistimos a um banho de piscina para refrescar…

 

 

 

 

No Camboja andamos pelas estradas do interior (parece o interior dos estados do Nordeste) para chegar a algumas ruínas e algumas coisas chamaram atenção:
As crianças indo sozinhas para a escola, a pé ou de bicicleta (bicicletas de adulto, que elas nem conseguem ficar sentadas, tem que pedalar em pé, alternando o peso nas pernas), nas estradas onde passam muitas motos e carros. A educação no Camboja não é obrigatória e infelizmente imagino que muitas crianças não são mandadas para escola!
As casas de palafitas
Os campos de plantação de arroz (que nessa época do ano estão secos)

Na cidade não tem como não ficar assustado com o trânsito caótico e a imensa quantidade de motos, várias carregando até 4 pessoas. E nos postes das ruas, um imenso emaranhado de fios elétricos nos postes de ruas.

Foi interessante escutar as histórias de como os templos eram trasformados de budistas em hinduístas e vice versa de acordo com a religião oficial do país em determinado momento da história do país.
Atualmente a religião oficial é o Budismo teravada. É considerada mais como uma filosofia do que como uma religião. Segundo ela, nós devemos levar uma vida simples e altruísta e se essa atitude se mantiver por muitas e muitas vidas (eles acreditam em reencarnação) poderão alcançar a felicidade eterna, o Nirvana.

 

sobe e desce…

 

Ufa! 3 dias depois… Final de jornada nessa terra mágica onde nem as maiores tragédias apagaram o brilho do que o homem e a natureza construíram no passado…

 

 

Malas prontas, check out do hotel realizado e ainda nos restava uma horinha… suficiente para uma última massagem antes de ir para o aeroporto!

 

 

* Laos (Luang Prabang)

Chegamos no Laos no exato momento do por do sol. Será um indício que essa será a parte mais romântica da viagem?

 

 

Logo no aeroporto fiquei milionária!
1 milhão e meio de kips em dinheiro vivo!!
Não imaginava que subiria tão rápido na vida
Na Tailândia meus 200 dólares renderam 7.000 baht! (1 dolar: 35 bahts)
Depois no Camboja 200 dólares renderam 800.000 riel! (1 dolar: 4000 riel)
E no Laos 200 dólares me deixaram com 1.600.000 kips! (1 dolar: 8000 kips)
(1 dolar: 3,9 reais, infelizmente… )

Depois de 12 dias de viagem pela caótica Bangkok, pela animada Phi Phi e pela agitada Seam Reap, o Laos nos acolheu com suas ruas estreitas, seu silêncio agradável e seu ar de cidade do interior! Foi uma surpresa agradável e encantadora! Ficamos em um hotel super bem localizado (The Chang in) na rua central, ao lado do night market.

Mesmo sendo um país tão pequeno (6 milhões de habitantes) o Laos, especialmente a cidade de Luang Prabang (que é patrimônio da Humanidade pela Unesco) recebe cerca de 3 milhões de turistas por ano (metade do Brasil). O país é um dos últimos redutos comunistas do mundo. Em 1975, apoiado pelo Vietnã foi instalado o regime comunista e o país sofreu um acentuado isolamento, incluindo embargo econômico dos EUA por 20 anos, que terminou em 1995.

No 1o dia acordamos mais tarde (afinal são férias! E o ritmo do Laos é outro…).

 

 

Pegamos as bicicletas do hotel e saímos sem destino para explorar a cidade e conhecemos vários templos! Quando eu digo vários são vários mesmos: entre os que entramos e os que apenas passamos na frente foram cerca de 15…

 

 

 

 

Cobrindo o ombro para entrar nos templos

 

A pequena cidade de Luang Prabang tem 32 templos!
E apenas 75 mil habitantes
Os templos budistas convivem com construções estilo francês (herança da colonização francesa).

 

A imponência do templo ao fundo convivendo com as barraquinhas da feira noturna

 

Detalhe: a bicicleta não precisa ser trancada…

 

Rodrigo de bike…

 

E para entrar nos templos: a ginástica de tira e põe sapato…

 

Dentro dos templos… sem sapato

 

Ginástica do dia: tira e calça sapato em cada templo!

 

A cidade é cercada pelos rios Mekong e Nam Khan e ao fundo, uma cadeia de montanhas verdes. A ponte mais estilosa é a de bambu (não sei se é a mais segura). Só permanece no rio por 6 meses, na estação da seca. Na época da chuva é retirada pois o rio fica muito cheio e a correnteza forte.

 

Ponte de bambu no rio Mekong

 

No final do dia subimos ao monte Phousi (templo That Phu Si) que tem vista para os 2 rios da cidade para um programa imperdível: assistir ao pôr do sol.

 

 

No 2o dia acordamos cedo para presenciar a cerimônia das almas. Na frente do hotel!
Moradores locais (e turistas também claro!) oferecem comida aos monges, ajoelhados em esteiras. Mesmo para quem assiste apenas como espectadora é uma singela experiência, ver a população de joelhos ofertando alimentos as 5:30 da manhã para os monges da cidade, que saem em fila… Alguns ainda na tenra idade!

 

 

Tomamos café da manhã e as 8:00 fomos a uma vila de elefantes (Luang Prabang Elephant Camp) e vivemos a experiência mais interessante da viagem! São 13 elefantes fêmeas “aliás” (tivemos que olhar no Google para saber qual era o nome da ‘mulher’ do elefante!) e 2 “bebês” (de 2 anos!). As fêmeas são mais dóceis com os turistas. Um guia nos ensinou um pouco sobre esse animal tão grande, que bebe cerca de 140 litros de água ao dia, come cerca de 200 Kilos de comida (são vegetarianos) e vivem até 90 anos!
Estávamos só nós e um casal de japoneses.
Primeiro alimentamos alguns elefantes, oferecendo folhas que eles pegam com a tromba.

 

 

Depois andamos em uma ‘cadeirinha’ por cerca de 2 km. No início o guia vai “dirigindo” mas depois ele desce, pede seu celular e tira milhões de fotos para você! Foi engraçado, ele tirou cerca de 100 fotos minha e do Rodrigo!!!!

 

 

E ao final, um banho de rio junto com os elefantes! A elefanta (mais fácil que aliá!) senta no rio e fica com a tromba para dentro da água. De vez em quando tira para respirar e espirra água!

 

 

Adoramos a experiência!

Selfie de cima da nossa amiga elefanta

 

De lá fomos conhecer as cachoeiras de Kuang Si.
Impressionante o tom azul das quedas d’água!

 

 

A noite ainda tivemos pique de fazer um passeio de barco pelo rio Mekong (Nava Mekong) para ver o por do sol, com jantar e música e dança típica.

 

Passeio de barco pelo rio Mekong

 

No 3o dia no Laos não resistimos a tentação de acordar cedinho novamente e tomar café da manhã na varanda do hotel vendo novamente os monges passaram.

 

olha o Rodrigo ali atrás, sentado na varanda do hotel

 

E não resistimos a tentação de voltar na cachoeira…
Desta vez, no modo aventura: de motoneta!

 

em frente ao hotel

 

Foram 30 km, observando as plantações de arroz e os templos no caminho.

 

 

 

E mesmo tendo estado na cachoeira no dia anterior conseguimos nos impressionar ainda mais!

 

 

Será que o câncer de pele mata mais do que acidente de trânsito?!
Todos preocupados em segurar o guarda-chuva (no caso guarda sol), mas ninguém (absolutamente ninguém) de capacete!

 

 

Voltamos a tempo de ver o último pôr do sol ao lado do rio Mekong…
Foi uma viagem com gostinho de lua de mel!

 

 

E no clima de despedida da viagem, a noite fizemos uma última massagem em um spa a meio quarteirão do hotel (Oil body massage) e um último jantar, num restaurante super chique (‘3 Nagas’).

E na última manha da viagem, depois de 15 dias no sudeste asiático, quando você pensa que já viu tudo que tinha de estranho para comer: escorpião, grilo, lesma, besouro, cigarra, sapo, rã… (além de jacaré e búfalo, que agora nos pareceu bem normal)… fomos fazer um tour guiado com um chef de cozinha no mercado local e aí conseguimos realmente nos surpreender: tinha rato assado para vender !!!!!!!!!!!!!
E não era uma feira para turistas não… Esse nem o Rodrigo encarou!!

 

Rodrigo o chef de cozinha no mercado local

 

Bem, ainda bem que o chef de cozinha não escolheu esses ingredientes para a aula de culinária. Voltamos ao hotel (Burasari Heritage) e o Rodrigo fez uma aula de culinária ao ar livre, ao lado do rio Nam Kham e preparou com maestria nossa última refeição em terras asiáticas.

 

 

Cozinhou, com orientações do chef, uma sopa ‘Yam Soup’ com muitas (muitas!!!) especiarias e pimenta para entrada. Um frango com castanha de caju e funghi, um peixe moído com legumes e ervas para o prato principal, acompanhado de arroz selvagem. E uma sobremesa com abóbora, cenoura e leite de côco. Estava uma delícia!

 

última refeição viagem: preparada pelo Chef Rodrigo

 

Houve apenas um pequeno incidente (uma tentativa clara de homicídio culposo!!)
Tudo estava tão saboroso que mastiguei uma pimenta inteira, achando que era uma vagem. Vocês não têm idéia de como chorei… muito!!! O Rodrigo nem para me avisar!

 

 

Após a almoço… hora de partir!
Fizemos conexão em Bangkok e passamos por uma experiência bizarra: tivemso que pegar o visto (preencher papéis, pegar fila…) para entrar na Tailândia… e sair depois de poucas horas! Aproveitamos essas poucas horas para mais um pulo no agito mais com direito a uma tatuagem de henna. É muita animação né? Guardamos as malas no locker e fomos jantar na Khaosan Road… E depois encarar a longa viagem de volta, que confesso foi bem pesada, com direito a uma revolta dos nossos estômagos (os 2!) após tantas experiências culinárias, bebidas, noites mal dormidas, fuso horário, caminhada, sol… Foram 44 horas (o fuso horário diminuiu em 10 horas). O trecho Bangkok – Doha, pela Qatar, foi feito num avião de 2 andares!

 

 

A recepção no aeroporto de Uberlândia pelos meninos e o Tio Rogério foi calorosa! Estávamos ‘esbagaçados’ mas felizes… e dessa vez planejamos bem: chegamos numa 6af a noite. Ou seja, após os abraços apertados o programa foi banho e cama! E tivemos 2 dias para matar a saudade dos meninos e para readaptar o corpo e a mente ao fuso para voltar ao batente…

3 países
3 línguas diferentes
muitas semelhanças
muitas diferenças
Qual gostamos mais?
Como sempre é difícil decidir!
Opto por dizer que os 3!
Tailândia com seus templos requintados, exóticos e imponentes, sua vida noturna animada, e suas praias paradisíacas
Camboja com seu passado ainda imponente nas ruínas dos séculos IX a XV
Laos com sua calma, cachoeiras de águas esverdeadas e seus elefantes fofos!!

Fim de aventura, completamos 30 países visitados!
Até a próxima!!

Posts relacionados

Deixe um comentário